Sócios de uma startup: qual a quantidade ideal?
O desejo de ter o próprio negócio gera várias dúvidas na cabeça do empreendedor, não é mesmo?! São muitas coisas para pensar e etapas para se preocupar até que o sonho se concretize. Enfim, tudo comece a funcionar. Uma parte importante dessa listinha de tarefas é escolher quem vai caminhar junto de você.
Por mais que você seja um pouco resistente à ideia de dividir os planos e ideias no início de tudo, é bom não esquecer que, a visão de outra pessoa, o esforço e conhecimentos técnicos ou gerenciais, por exemplo, podem ajudar muito! Mas como encontrar o parceiro – ou parceiros – ideal? Te ajudamos com as dicas do CTO da HandTalk, Carlos Wanderlan.
4 dicas sobre o quadro societário de uma startup
Encontrar alguém que tenha perfil e se encaixe nos requisitos nunca é uma tarefa fácil. Basta eleger suas prioridades e pensar que todos nós somos pessoas diferente, portanto, com perfis distintos. Uma qualidade que te falta, pode sobrar em outra pessoa, vice-versa. Portanto, anota as sugestões e boa sorte!
Habilidades Complementares dos Sócios
Sempre existe a ideia de alguém que conhece outro alguém que pode ser interessante para empreender, não é? Ter uma sociedade com pessoas que possuem a mesma habilidade que você pode não ser uma solução inteligente. Uma vez que tocar um projeto que pretende se tornar a curto médio prazo um negócio lucrativo irá requerer habilidades das mais diversas. Recomendo profundamente que busque habilidades complementares a sua, e que esse futuro sócio entra para somar com o domínio de outras áreas. Por exemplo, não vejo vantagem em termos um quadro societário com 03 pessoas da área da tecnologia apenas (ex. Ciências da Computação), ao invés de termos um outro cenário formado por Cientista da Computação, Economista e Administrador. Até porque os desafios não serão apenas técnicos, mas principalmente de negócio.
Quadro societário muito diluído é um problema
É super importante um alinhamento de expectativas para definir os sócios de uma startup. Essa deve ser uma das primeiras coisas a se pensar: se seu futuro parceiro não compartilhar contigo os mesmos desejos e objetivos, fica difícil seguir. Engana-se quem pense que quanto mais gente o resultado será melhor. Em termos societários, recomendo um número entre 2 e 4 pessoas. Explico. Um ciclo de vida de uma startup é muito mais que apenas lançar e vender a solução/produto. Haverão diversos momentos que o investimento será necessário, em várias fases (investimento-anjo, seed investments, Rodadas série A, B, C, D… IPO) e em cada rodada dessas haverão particularidades e diluições de equity que serão realizadas e que diminuirá cada vez mais a participação dos Co-founders na empresa. Quando esse quadro societário está muito diluído desde o início, a empresa sofrerá problemas com relação a novas rodadas de investimentos, possivelmente frustrando planos de expansão e crescimento.
Smart Money
Não pense apenas no financeiro quando trouxer alguém para ser seu sócio, mesmo após a fundação. A cada nova rodada você terá novos sócios (investidor-anjo, venture capital, etc…), e saber quem você coloca para dentro do barco é tão importante quanto o saco de dinheiro que ele traz consigo. Pense sempre: O que esse novo sócio agregará ao negócio? Qual o network dele, irá me beneficiar? Qual a expertise de negócio que estou conquistando ao trazê-lo?
Muitas vezes não trazer dinheiro também é válido, quando você pretende se tornar sócio de um cara com vasta experiência no seu mercado de atuação e que possa te trazer esse dinheiro inteligente (contatos, clientes, novos mercados, estratégia, etc..).
Formalize tudo
Ser parceiro é compartilhar, sim. Não dá pra esquecer que os sócios em uma startups são profissionais que se uniram para empreender. É um negócio! Assim, vale definir os termos da participação societária, a contribuição de cada um, as retiradas, hipóteses de alienações, entre outras coisas. Não é burocracia, é segurança!
E agora, ainda tem dúvidas sobre como vai ser a escolha dos sócios de uma startup?! Procure ajuda de quem entende. Que tal uma consultoria?! Apesar do negócio ser um sonho seu, a ajuda, do sócio e de quem puder colaborar com o sucesso, deve ser sempre ser bem-vinda!